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O lápis que vê

O lápis que vê

12 de Agosto, 2019

Quando decidimos ser felizes?

Ana Isabel Sampaio

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Decidi ser feliz há algum tempo. Decidi que essa felicidade não iria depender de nada nem ninguém, além de mim.

Quer isso dizer que não quero ninguém? Que deixei de ter chatices ou coisas más na vida? Que deixei de querer fazer coisas e ter objetivos?

Não, não, e não. (Até já tive informações bem traumáticas depois dessa decisão).

Significa só que não ponho a responsabilidade da minha felicidade nas mãos de ninguém. 

É complicado eu sei, porque somos condicionados desde muito novos a achar que precisamos de uma serie de coisas para ser felizes e estarmos bem. Quando na verdade estar realizado e feliz são coisas que só podem vir de nós. A nossa vida é medida em quanto damos, o resto compõe-se. Desde pequenos que somos acondicionados a achar que só recebemos Amor se fizermos e nos comportamos assim ou assado. Só somos dignos se tivermos isto ou aquilo. E passamos a vida em piloto automático a perseguir coisas que nunca paramos para pensar se queremos verdadeiramente. 

Tudo isso começa a povoar depois a nossa vida tomando formas várias: doenças, acidentes, relações vazias ou cheias de frustrações que insistimos em cultivar, porque achamos que é a forma de nos salvarmos a nós próprios e acabamos por deixar morrer tudo aquilo que nos faz sentir vivos e alegres, e felizes. 

Escondemos condicionamentos em vícios e compulsões (de maior ou menos dimensão), numa tentativa vã de preencher um vazio, mas já todos conhecemos a expressão: podes fugir mas não te podes esconder.

Temos de tomar responsabilidade pelo que nos vai acontecendo. Não é nossa culpa muitas das coisas "más" que nos acontecem, mas é nossa responsabilidade o que fazemos com elas.

Queremos  continuar a ser vitimas e coitadinhos ou queremos tomar as rédeas?

Basta termos a humildade de olhar para dentro...