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O lápis que vê

O lápis que vê

15 de Junho, 2020

Pensamento aleatório despregado #58

Ana Isabel Sampaio

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A televisão, no geral, mas os canais abertos em particular, são a consequência de questões estruturais.

Sim, hoje vamos voltar a falar de educação. Parece que me estou sempre a repetir. Mas parece que não chega.

Trabalho na área da educação há pelo menos doze anos. Os problemas continuam a ser mais ou menos os mesmos. Ninguém gosta de ir à escola: nem alunos, nem professores nem funcionários. Há um problema estrutural que toda a gente reconhece, mas que todos falham em adereçar.

Durante a quarentena, ainda tive esperança, mas começo a ver outra vez as vozes desesperadas pela volto ao normal que todos criticavam. Será que não pode haver um meio. Será que não podemos tirar um tempo para olhar para tudo com olhos de ver e reformular o que precisa de ser reformulado? É que a forma como rapidamente tudo foi posto em marcha em pouco tempo, leva-me a crer que é possível.

A questão da cultura (ou falta dela) e da precaridade dessa área é fruto de uma educação que privilegia umas áreas em detrimento de outras, como se essas fossem mais preciosas. Mas o objetivo superior da cultura é a elevação da pessoa e, como isso não dá dividendos rápidos, é então desvalorizado. O resultado: uma civilização pobre. Uma sociedade trivial e vazia. Pessoas desinteressantes.

https://olapisqueve.blogs.sapo.pt/the-wall-podemos-falar-de-educacao-26852

https://olapisqueve.blogs.sapo.pt/admirados-com-a-abstencao-61399