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O lápis que vê

O lápis que vê

28 de Fevereiro, 2020

O Dia Perfeito

Ana Isabel Sampaio

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“Acordas e tudo o que mais desejavas realizou-se: conta-nos o teu dia” ouviu as pessoas que entraram a dizer. Percebeu então que era um casal com uma criança que só agora notara.

Era uma perguntam interessante, nunca tinha pensado nisso e a resposta parecia mais difícil do que uma primeira impressão poderia supor. Embalou um pouco esses pensamentos e, de repente, lembrou-se de tudo o que tinha acontecido nesse dia. O tempo parecia estranho. De repente, lembrou-se do que tinha acontecido na noite anterior, na pergunta estranha do casal para a criança e de uma memória distante da sua infância. Confirmou a data. Era a mesma.

27 de Fevereiro, 2020

As pistas

Ana Isabel Sampaio

Engraçado, o caminho para casa* é sempre muito claro no coração. Depois entra a mente, o mundo, o suposto e o óbvio e, de repente, a dúvida começa a instalar-se… Então temos de, devagarinho, ir fazendo uma coisa de cada vez. Mesmo que isso não faça muito sentido. Ir seguindo uma pista, apanhando um pedacinho de pão para não nos perdermos.

* casa são os nossos sonhos, é aquele lugar dentro do coração que sabe a lar.

21 de Fevereiro, 2020

O google estava errado

Ana Isabel Sampaio

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“O Google estava errado” lia-se em vários cartazes da parede. Nunca tinha reparado nele. Encontro se distraí nestes pensamentos um lápis rolou até aos seus pés. Apanhou-o com uma certa displicência de quem não se apercebe bem do que está a acontecer. Entraram duas pessoas de forma discreta. Pelas silhuetas não era percetível se eram homens ou mulheres.

Entraram, sentaram ao balcão. Não percebeu bem porque lhe tinham despertado a atenção.

Baixou-se pegou mo lápis para começar a escrever.

Parou. O google estava errado acerca de quê?

20 de Fevereiro, 2020

A Era da Pós-verdade | The Post-truth Era

Ana Isabel Sampaio

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Todos os dias parece haver uma polémica nova. Todos os dias somos bombardeados com notícias, com supostas notícias, com títulos absurdos que depois anda têm a ver com o conteúdo (click bait).

Vivemos na era da comunicação e nunca estivemos tão desinformados. As pessoas perdem quinze minutos a fazer testes online sobre que tipo de batata são e não perdem dois minutos a tentar informar-se sobre um assunto sobre o qual querem opinar.

Como podemos então combater tudo isto? Como podemos dar o nosso contributo? Como podemos perceber o que são fake news, o que é informação útil ou o que é demagogia? Para além de nos cultivarmos sempre o mais possível, há também alguns truques e formas mais práticas, porque o que pode parecer obvio para uns, pode não ser para outros.

Sempre que dermos de cara com uma notícia que levante suspeitas devemos usar o Modelo CRAAP (claro que isto em inglês até dá uma boa piada). E como aplicamos esse modelo? Simples, seguimos estes passos:

- Qual a linha de tempo da publicação? Tem data? A informação foi revista?

- Relevância – a informação em questão é relevante para o tópico? Para que audiência está direcionada? Tem um nível apropriado? Existem outras fontes de informação que confirmem?

- Quem é o autor ou fonte de informação?

- Credibilidade, correção e verdade – de onde vem a informação? Há provas? Pode ser atestada? Há erros de gramática ou escrita?

- Qual é o propósito? – é para informar, para ensinar, para vender, para entreter ou persuadir? As intenções do autor são claras? A informação é facto, opinião ou propaganda? Há ideologias políticas, religiosas, culturais, institucionais ou pessoais? O ponto de vista é objetivo e imparcial?

Simples certo? Não vamos espalhar mais desinformação por favor.

Deixo aqui também alguns sites onde podem verificar veracidade de conteúdos como factcheck, fullfact, bellingcat, snope, euvsdesinfo que são ou .org ou.com.

 

 

Every day now seems to emerge a new controversy. Everyday we are bombarded with news, supposed news, absurd titles that have nothing to do with the content, the so known click bait.

We live in the era of communication and we never been so desinformed. People spend 15 minutes doing online tests about what kind of potato they are and they don’t spend two minutes trying to find out about a subject they want to discuss.

How can we help turn all of this? How can we make our contribution positive and valid? How can we spot fake news, what is useful information or what is demagoguery? In addition to cultivating ourselves as often as possible, there are also some tricks and more practical ways, because what may seem obvious to some may not be for others.

Whenever we come face to face with news that raise suspicions we should use the CRAAP Model And how do we apply this CRAAP model? Simple, follow these steps:

Currency  Relevance Authority Accuracy Purpose (CRAAP)

Currency: The timeliness of the information.

  • When was the information published or posted?
  • Has the information been revised or updated?
  • Does your topic require current information, or will older sources work as well?
  • Are the links functional?

Relevance: The importance of the information for your needs.

  • Does the information relate to your topic or answer your question?
  • Who is the intended audience?
  • Is the information at an appropriate level (i.e. not too elementary or advanced for your needs)?
  • Have you looked at a variety of sources before determining this is one you will use?
  • Would you be comfortable citing this source in your research paper?

Authority: The source of the information.

  • Who is the author/publisher/source/sponsor?
  • What are the author's credentials or organizational affiliations?
  • Is the author qualified to write on the topic?
  • Is there contact information, such as a publisher or email address?
  • Does the URL reveal anything about the author or source? examples: .com .edu .gov .org .net

 

Accuracy: The reliability, truthfulness and correctness of the content.

  • Where does the information come from?
  • Is the information supported by evidence?
  • Has the information been reviewed or refereed?
  • Can you verify any of the information in another source or from personal knowledge?
  • Does the language or tone seem unbiased and free of emotion?
  • Are there spelling, grammar or typographical errors?

Purpose: The reason the information exists.

  • What is the purpose of the information? Is it to inform, teach, sell, entertain or persuade?
  • Do the authors/sponsors make their intentions or purpose clear?
  • Is the information fact, opinion or propaganda?
  • Does the point of view appear objective and impartial?
  • Are there political, ideological, cultural, religious, institutional or personal biases.

(Let me make a special thank to the Youth You are the voice that presented to me this amazing CRAAP model, because we all need to selelect the crap).

16 de Fevereiro, 2020

Pensamento aleatório despregado #52

Ana Isabel Sampaio

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Ainda dizem que não se pode viajar no tempo!!

Só hoje a igreja conseguiu ir, pelo menos, até à idade média... Depois do corona vírus, só faltava mesmo um surto de peste negra. Hoje o dia está produtivo está.

Engraçado como se consegue mobilizar esforços quando se quer. Pena é que às vezes, esses esforços precisassem ser mais construtivos. Isto porque, promover a informação séria e isenta começa a ser um assunto muito sério. Sem falar sobre o facto de, decisões que dizem respeito a escolhas pessoais e não interferem na vida pública devem ser um direito.

Já nem me vou debruçar sobre o racismo que muito boa gente teima  em achar que não existe em Portugal, mas ao menos o pessoal lá vai acordando para a realidade (espero eu).

 

 

14 de Fevereiro, 2020

Manual para iniciar relacionamentos

Ana Isabel Sampaio

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Sentou-se até perceber que estava no café do costume. Estava na mesa, o café na sua frente. Tudo normal. Á sua frente um livro: Manual para iniciar relacionamentos. A confusão estava cada vez maior. Será que tinha simplesmente feito o caminho de casa até ali de forma automática? Mas e então o livro? Não era o tipo de titulo que lhe interessasse muito. Mas lembrou-se da conversa de há uns dias…

Abriu o livro e era só um caderno com páginas em branco. O seu coração acelerou ininterruptamente. A sede de escrever apoderou-se inevitavelmente. Conseguia ver todas as palavras, todas as virgulas, parágrafos e ideias.

Nem um lápis à vista, nem uma caneta.

13 de Fevereiro, 2020

As circunstâncias e as pessoas

Ana Isabel Sampaio

As circunstâncias não fazem as pessoas, apenas as revelam. 

Embora a nossa tendência dramática nos leve logo para coisas "más" (e vamos convir, vai ser o foco deste texto, por isso a vossa tedência estava certa), mas também costuma ter reviravoltas positivas.

Quando alguém nos surpreende (ou vai surpreendendo) com uma atitude que choca, diferente do que estariamos à espera, quer seja por questões de valores diferentes, por ser sui generis, por estar fora do enquandrameto que esperamos de determinada pessoa, há, muitas vezes, a tendência para arranjar desculpas para o que aconteceu (por norma, quando são pessoas de quem gostamos muito). 

O não julgamento é algo que não sabemos usar. Julgamos e vamos julgando ao longo do nosso dia tudo e todos. Normalmente fazemo-lo com base nos estereótipos que fomos criando e que nos vão ajudando a catalogar e organizar o mundo. Quando as emoções entram à mistura, tendemos a perder a capacidade de discernir e de estar presente. Como a nossa realidade (ou nossa criação de realidade) foi ameaçada, arranjamos desculpas para comportamentos que (em alguns casos, mais fortemente que outros) não devemos tolerar. Não porque sejam certos ou errados, mas porque simplesmente não são o que queremos para nós. E para quê aceitar ou tolerar, ou contentarmo-nos com menos do que queremos?

10 de Fevereiro, 2020

Pensamento aleatório despregado #50

Ana Isabel Sampaio

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Ace of Base arruinados para sempre!! Será que foi o subliminar daquelas letras que influenciou esta onda de neonazismo? Ai as teorias da conspiração!! É que depois de analisar as letras, elas realmente não são propriamente eruditas, não que se esperasse que fossem, mas... o nome Happy Nation pensando bem levanta suspeitas...

É por isso que se deve questionar e parar para pensar me tudo!!!

Nunca mais ouvir o The Sign vai ser uma memória feliz.

08 de Fevereiro, 2020

Pensamento aleatório despregado #49

Ana Isabel Sampaio

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Antigamente, guardávamos a pior roupa para ir ao ginásio, à queima e limpezas.

Agora, ir ao gym com a camisola da maratona de 1995, meio desbotada e com um furo, que não se sabe bem como apareceu em casa é uma vergonha, porque aquilo parece o Portugal Fashion. Mas na verdade, até está certo. Uma pessoa vai ao ginásio para se sentir bem e começa logo no outfit.

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