![Minimalist White Nature Outdoor Photo Collage.jpg Minimalist White Nature Outdoor Photo Collage.jpg]()
O Amor tem de ser selvagem.
Selvagem. Não como a guerra e a violência e as matanças (sejam elas de que tipo forem). Não como as dores, a deslealdade e a feiura.
Mas selvagem como a savana. Como as florestas luxuriosas, como os rios frescos. Como as raposas, os leões e os pinguins. Como as obras de arte.
O Amor tem de ser selvagem como a verdade, como a pureza, como a inocência.
Selvagem como a alma humana.
Selvagem como dois seres que se entregam e se transbordam. Que se cheiram, até do outro lado do mundo. Que se sentem no ar, na vida, em todo o lado. Que se pressentem.
Selvagem como o sol e a lua.
Selvagem como a doçura.
Selvagem como a beleza e como toda a beleza deve ser – selvagem.
Selvagem como a força da vida que cria e recria e se reinventa nesse estado puro.
O Amor selvagem só pode chegar em estado puro. É a única forma em que existe e persiste… na pureza.
O Amor selvagem é simples como todas as grandes verdades do mundo. Tão simples que até pode ser incompreendido pela sua intensidade, para quem está habituado só ao morno. Passa despercebido, porque chega a passar por loucura, quando é a única sanidade.
Mas, quando duas almas selvagens de se encontram, param, olham e se reconhecem a selvageria toma a sua forma mais pura: a liberdade de querer ficar. De chegar a casa. Do conforto (mas não do conforto incomodo e melento que causa atrito e atrasos). Das possibilidades. Da amizade e do companheirismo. Da loucura. Da liberdade de ser total e ser sem medo total e entregue. No inusitado. No sonho e na realidade.
Essas almas selvagens existem. Estão por aí pelo mundo reconhecem-se e são reconhecidas, às vezes são temidas e injustiçadas. E as relações selvagens chegam a ser incompreendidas pelos demais. Mas a faísca que provocam é impossível de esquecer.