Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O lápis que vê

O lápis que vê

26 de Novembro, 2019

As células deturpadas que trazem a luz

Ana Isabel Sampaio

_MG_0993.JPG

Há dias que são uma leveza calma no meio do caos. 

Há noticias que trazem clareza e percepção à confusão.

Há uma dignidade e sabedoria em situações extremas se estivermos dispostos a crescer.

Noticias de doenças ou possiveis doenças trazem esses efeitos. De repente tudo fica claro. De repente tudo fica em perspectiva. A teoria da relatividade, não a do Einstein, mas da vida humana. Aquela que nos permite num abrir e fechar de olhos reorganizar e perceber prioridades. 

De repente, percebemos quem são as pessoas em quem pensamos logo, quem são aquelas que não queremos preocupar e as que estão ao nosso lado (que normalmente, são uma mistura das duas categorias anteriores). E depois, aquelas que, assim, nem sequer cruzaram o nosso pensamento (e percebemos o quanto crescemos).

Também percebemos as magoas a que nos fomos apegando por medo ou mesquinhice. 

Depois as prioridades. O que é realmente importante. O que queremos construir. O legado. O contributo. O que dá alegria e expande a criatividade. O que traz vida à vida.

Engraçado como alguns dos nossos melhores mensageiros são sustos.

As células deturpadas que trazem a luz.

21 de Novembro, 2019

As perguntas certas

Ana Isabel Sampaio

_MG_1099.JPG

Quando parei de ser eu?

Quando é que foi que me esquci do porquê? ... de porque é que faço as coisas?

Quando é que deixei de ser "boa" (mas sem ser má)?

Quando é que deixei de acreditar na magia? Em Deus? Nos anjos e nas cores?

No outro lado?

Quando é que perdi a fé no Amor

A fé na criatividade?

Quando foique aprendi a não saber rezar?

Quando foi que perdi a fé?

A fé em mim?

A fé na minha beleza?

Quando foi que entreguei os pontos e desisti?

Que mentiras tomei como verdades?

Que sonhos sonhei rígidos demais?

Que desejos não eram desejos, mas simples deslumbres?

Onde deixei pousadas as minhas paixões?... arrumadas alguers cheias de pó e tristeza?

...

Foi quando esperei uma promessa de uma espiritualidade oca.

 

14 de Novembro, 2019

Criatividade, esse bicho!!!

Ana Isabel Sampaio

Copy of Copy of Cópia de Cópia de Copy of Copy o

Ser ou não ser criativo?

Nasce-se com esse dom? Treina-se? Como funciona?

Muitos mitos existem ainda à volta da criatividade. Muitos pensam ainda ser o dom de artistas e génios inspirados e inspiradores. Mas a verdade é que a criatividade (como qualquer competência) pode ser treinada e expandida. Vai ser diferente para cada pessoa e manifestar-se de forma diferente, mas beneficia toda a nossa vida.

Criatividade é a capacidade de criar novas e efetivas maneiras de lidar com o mundo e resolver problemas, ampliando assim o circulo de influências.

Vamos desmontar aqui um pouco os mitos e bloqueios, e depois ver algumas dicas de como podemos aumentar a nossa criatividade. Vão perceber que é muito mais fácil do que se imagina.

 

Bloqueios à criatividade:

Não vou conseguir...

Se não resultar, as pessoas vão deixar de me admirar...

Já tentei uma vez e não consegui...

Se não acertar, não serei valorizado...

Sempre foi feito desta forma...

O “pessoal” é resistente a inovações...

Está tudo a ir muito bem assim...

São as normas...

 

Mitos sobre criatividade:

A criatividade é o dom dos génios;

Criatividade é coisa para os artistas;

As pessoas criativas são diferentes;

As pessoas criativas são confusas;

A criatividade e desorganização caminham juntas;

Se eu for criativo não serei visto como uma pessoa séria.

 

Dicas para potenciar e aumentar a criatividade:

Agora que já vimos os bloqueis e os mitos, vamos ver formas simples que nos ajudam a ser mais criativos.

 

Meditar, passar tempo sozinho e em contemplação

O silêncio e a calma são muito importantes para o nosso cérebro. Isto permite que as ideias cheguem até nós. Se vivemos numa constante correria, como deixamos a inspiração entrar?

 

Autocuidado

A alimentação, o exercício físico, a saúde mental e física… Mente sã em corpo são. Se não nos sentirmos bem vai ser mais complicado ter clareza e criatividade, bem como a estrutura mental para colocar ideias em prática.

 

Conversar, manter uma vida social saudável

Manter um circulo de amigos e pessoas cuidado, saudável. Pessoas que se apoiem que vejam soluções e se apoiem.

 

Viajar e investir na vida cultural

Conhecer novos locais é sem dúvida uma grande fonte de inspiração. Não é preciso ir muito longe ou gastar muito dinheiro. Podemos por exemplo ser turistas nas nossas cidades, ou ir até uma cidade ou aldeia vizinha... Podemos estar atentos às programações culturais das cidades, hoje em dia há muita oferta sem custos ou a baixo custo. Podemos ser leitores da biblioteca e frequenta-la mais vezes. Não faltam opções, basta sair do conforto.

 

Arriscar

Fazer pelo menos uma coisa nova por mês. Nem que seja um trajeto diferente.

 

Desenvolver a capacidade para estruturar as ideias

A imaginação treina-se.

 

Adotar métodos diferenciados para situações específicas

Pensar em situações do dia a dia e tentar fazer de uma forma diferente.

 

Rir

O bom humor é fundamental para as pessoas criativas e saudáveis. Rir pelo menos uma vez por dia. Cultivar o bom humor em todas as situações e ver oportunidades no que nos vai acontecendo. Em vez de reclamar, rir.

 

Manter a mente aberta

Aprender a ver tudo como se fosse a primeira vez. Procurar o que ainda não foi visto, ver de outra perspetiva. Estar aberto à mudança a mudar de opinião…

 

 

13 de Novembro, 2019

Pensamento aleatório despregado #42

Ana Isabel Sampaio

54434665_1138102323029672_8827842249388720128_n.jp

Há um grande furor e preocupação à volta das crianças e dos adolescentes e os telemóveis (e com razão), mas já pararm para ver os adulto?

Já percerem que cada vez mais as pessoas simplesmente andam na rua (sem a muleta do telemóvel)?

Costumo caminhar na praia e faço questão de não o levar. Gosto de me desligar e observar o lugar e as pessoas. Não é raro ver pessoas sentadas no paredão de costas para o mar com o telemóvel na mão. Pessoas a caminhar e a falar ao telemóvel, porque Deus nos livre de passar um tempo sozinho consigo próprio...

As crianças e adolescentes são só o reflexo...

12 de Novembro, 2019

Pensamento aleatório despregado #41

Ana Isabel Sampaio

54434665_1138102323029672_8827842249388720128_n.jp

Muita discussão se está a gerar no meio da educação por causa da questão de haver ou não haver chumbos no ensino.

Estando em várias escolas dá para perceber porquê, algumas são tão frias, que realmente não queremos que os alunos andem lá muito tempo, não só poupam os tais 25000 euros por chumbo, continuam a poupar no aquecimento e as estatisticas vão ser muito positivas, só vantagens. 

Que todo o sistema de ensino tem de ser repensado rapidamente, ninguém duvida, só que, pensar nisso bem a sério e como deve ser, leva tempo e dá trabalho e isso é que ninguém quer fazer. Por isso atiram-se medidas e ideias fáceis, de consumo rápido que possivelmente vão piorar, e muito, tudo. O que é mais grave, é que toda a gente sabe disto e quem diz a que concorda está só em negação.

05 de Novembro, 2019

Encontrada

Ana Isabel Sampaio

_MG_8328.JPG

Quanto tempo perdi à espera da alma gémea? Quanto tempo perdi para me ganhar? Ainda doí. Perceber o tempo esquecido, deambulado… À espera de ser salva por uma sombra, uma ilusão. Ficam as réstias de medo. Os recalques de sonhos por acontecer. De sonhos que, agora, nem sei bem se são meus. Talvez parte… Talvez eu ainda não fosse deles. Nós também precisamos de ser dos nossos sonhos. De lhes pertencer. De os merecer.

Este medo que chega de vez em quando de fininho… a sussurrar sobre coisas antigas. Chega devagarinho e instala-se. Às vezes vem do nada, hoje veio de um telefonema. Nunca se sabe bem qual é o mensageiro que o traz, mas sabe-se a mensagem que carrega.

03 de Novembro, 2019

Pensamento aleatório despregado #40

Ana Isabel Sampaio

54434665_1138102323029672_8827842249388720128_n.jp

Não sei se há algo de novo a acrescentar a tudo o que foi dito sobre o Joker. É um filme profundo, de difícil disgestão. Põe o dedo não em uma, as em várias feridas. A questão da doença mental é a mais falada, mas há outras. A crescente desumanização e falta de empatia, a ignorância, a falta de horizontes, o medo... Deixa também mais tenue a linha criada entre os "bons" e os "maus". 

É violento de várias formas. É também terrivelmente belo. Joaquim Phoenix é, como já foi dito, soberbo. A banda sonora é genial. É um filme inteligente e grotesco.