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O lápis que vê

O lápis que vê

30 de Abril, 2019

O silêncio

Ana Isabel Sampaio

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Há pequenos assuntos que causam grande mágoa e incerteza no coração. E há alturas em que temos de ser duros e reais connosco próprios. Já há alguns meses queria escrever sobre um assunto em particular, não sei se faltou oportunidade ou coragem.

Esse assunto é o silêncio.

Quando alguém desaparece da nossa vida sem deixar rasto… que fazemos? 

Que fazemos com a falta de resposta, com o silêncio?

Silêncio também é resposta e fala alto demais.

Não vou discorrer sobre os possíveis motivos que leva alguém a fazer tal coisa (e acreditem, já passei todos a pente fino: possíveis, impossíveis, prováveis, mirabolantes, bons, maus, imaginativos, lógicos… acreditem que é penoso), mas não, não vou falar de quem deixa de falar (quer seja um padrão recorrento - a pessoa vai e volta, ou definitivo). É diretamente para quem foi ignorado que quero escrever. E não esperem paninhos quentes. Há alturas em que tem de se encarar duras verdades bem de frente. E a verdade é esta, por muito que doa -  se alguém deixa de vos falar é porque não quer falar. Percebam a dica e deixem de insistir. Há alturas de lutar e há alturas de deixar.

Quem quer estar na nossa vida está, ou faz o que for preciso para estar. Não importa o que tenha acontecido ou quanto tempo tenha passado. É duro isto que vou dizer agora, acreditem que eu sei, e é com todo o Amor e compaixão que vos digo, vocês não significavam nada para essa pessoa. Pessoas que se importam não ignoram, não desaparecem (a não ser que tenham um nível de maturidade abaixo das estatísticas ou sejam sádicos e, sendo o caso, sorte a vossa ?! ).

Vocês vão levantar muitas questões: que é que há de errado com vocês, o que é que fizeram de mal, o que é que disseram de mal…

Vou-vos tentar poupar tempo, ou pelo menos plantar a semente.

Não há nada de errado com vocês, vocês não fizeram nem disseram nada de mal. Espero que isto vos poupe os meses de angústia que a mim não foram poupados e espero que a minha experiência sirva para alguma coisa.

Voltem-se para vocês e façam o vosso melhor.

Não parem a vossa vida à espera de algo que, provavelmente, não vai chegar e se chegar que venha, mas que saiba que a vida não espera. Curem-se, lambam as feridas e levem o tempo que for preciso, que não há regras. Façam o que nutre a vossa alma e a vossa alegria, o vosso corpo. Façam o que vos apaixona.

Não precisam de fingir que não doeu ou não teve importância. Se teve ou se ainda tem, não sintam remorsos. A vida é para sentir. A vida é linda demais para não sentir. E um dia, vai ficar tudo bem, eu prometo… porque a alegria e a fé são boas companheiras.

25 de Abril, 2019

Liberdade

Ana Isabel Sampaio

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É fácil definir liberdade quando se vive privado dela. E talvez por isso se ouçam tantas opiniões contraditórias em relação ao Estado Novo.

A memória é fundamental ara que não se cometam os mesmos erros. E, no entanto, basta olhar à volta e perceber que se continuam a perpetuar formas de restrição à liberdade, algumas tão dissimuladas que quase passam despercebida.

Liberdade é viver de coração aberto, em compreensão, respeito e Amor.

22 de Abril, 2019

Pensamento aleatório despregado #32

Ana Isabel Sampaio

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"Pelo menos em altura de eleições fazem alguma coisa..."

Pessoal, não acham que a fasquia está um bocado baixa? É obrigação das pessoas eleitas (camaras, governo, juntas, parlamento europeu, etc, etc...) fazer e cuidar das coisas todo o ano durante todo o mantado. É literealmente para isso que são eleitos.

Mais uma vez: não acham que é mesmo preciso elevar a fasquia e exigir mais?

Eu vou responder à minha própria pergunta: é sim, é preciso e urgentemente...

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