Existe um boom de "produtos" espirituais, correntes e coisas, muita gente nova todos os dias e muita gente a ficar preocupada porque, com tudo isto, vem o facilitismo, mas acima de tudo o mau das "ferramentas" de espirituais (quando digo mau uso não quer dizer que seja propositado, acredito que na sua maioria não o seja, claro que há muita gente que se aproveita deliberadamente do fragilidade em que muita gente se encontra, não acredito, no entanto, e como disse, que seja a maioria).
Eu, contrariamente, vejo esta procura e oferta com bons olhos, significa que as pessoas buscam alternativas de autoconhecimento e procuram tratar de si. E quem procura (mais cedo ou mais tarde) acha. Há vários caminhos para chegar ao destino. Jesus disse: Pedi e ser-vos-à dado; procurai e encontrareis, batei e hão-de abrir-vos.
Claro que, como em tudo, é necessário discernimento (interno e externo). A procura de respostas fáceis pode levar a um longo caminho de busca, que será sempre frustrante. As soluções expresso não existem. Um perfeito exemplo é a procura de oráculos que digam o futuro, quem me conhece mais intimamente sabe bem a minha opinião sobre isto e sobre os perigos disto (especialmente por desinformação e mau uso consciente ou inconsciente de quem dá consultas, acho que sim, podem ser boas ferramentes se corretamente usadas, mas isso dava quase um artigo só por si :) ). Existe muita oferta, então temos de ter discernimento e perceber o que é melhor para nós. Se algum tipo de informação, pessoa, terapia nos deixa desconfortável, é a nosso bússola interna a dizer que algo não está bem. Como afinamos a bússola interna, até hoje não conheço (e acho que isto é unânime) melhor ferramenta que a meditação. O caminho é para dentro. Qualquer terapia, terapeuta, guru (!!), oráculo, etc que ofereça soluções rápidas, express, que parece um bocado teatralizado, que provoque medo, desconforto e acima de tudo que crie dependência e retire poder... aviso à navegação: pessoal é para fugir :) corram e não olhem para trás :)
C. Jung disse que as pessoas farão de tudo, chegando aos limites do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Todas estas soluções fáceis e externas são alguns destes limites do absurdo que Jung fala.