A comunicação está presente em absolutamente tudo. Comunicamos desde que nascemos (até antes) e continuamos até morrer (quem sabe até depois). Existir é comunicar.
Mas será que comunicamos bem?
Peter Drucker diz que 60% dos problemas entre pessoas estão relacionados com má comunicação. Da nossa capacidade de comunicação depende a eficácia dos nossos relacionamentos. Confesso que me faz um bocado de confusão usar termos como eficácia, quando estamos a falar de relações, de pessoas e tudo o que está envolvido…
Quando ouvimos, há uma parte que ouvimos e outra que depreendemos. Quando falamos, há uma parte que dizemos e outra que esperamos, seja depreendida, especialmente em relações mais pessoais. Muitas vezes falhamos nos relacionamentos, porque falhamos na comunicação. Esperamos que as outras pessoas adivinhem o que queremos dizer, o que estamos a pensar ou a sentir e esquecemos que do outro lado há uma serie de fatores que nos são alheios. Desde de: o dia não correu bem, até tudo o que aconteceu à outra pessoa desde que nasceu, que fez dela um individuo único, com valores, condicionamentos, feridas, forças, qualidades, defeitos, medos, alegrias… que fazem com que os seus parâmetros de descodificação da nossa mensagem sejam únicos e, possivelmente, muito diferentes dos nossos. Daí a necessidade de tentar ser o mais objetivo e honesto quando se comunica.
Nós só podemos mudar a forma como nós fazemos, como nós comunicamos. É a única variável sobre a qual temos poder e influência direta. Como podemos comunicar melhor? Conhecendo os fatores que nos influenciam. Sempre que tentamos comunicar temos de tentar com que seja eficaz para os dois lados, mas tendo sempre em mente que devemos, no final, sair satisfeitos com a forma como nós o fizemos. Assim temos sempre de trabalhar o desenvolvimento pessoal e autoconhecimento. Tentar sempre ser o mais claros possíveis e nunca supor que a outra pessoa adivinha o que queremos dizer ou como nos estamos a sentir.