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O lápis que vê

O lápis que vê

25 de Novembro, 2017

O Amor e o medo

Ana Isabel Sampaio

Há duas e duas energias apenas neste planeta: o Amor e o medo.A nossa vida reflete aquela que estamos a alimentar.A questão:- Já que vamos estar sempre sujeitos a algum tipo de sofrimento durante a vida, não vale mais a pena alimentar o primeiro?Já que fechar o coração e vestir a armadura não impede nada, não será melhor arriscar? Ou seja, alimentar os medos, dá-nos uma falsa sensação de segurança e não previne estarmos sujeitos a dores e contratempos, mas pode impedir sim de viver coisas maravilhosas...

23 de Novembro, 2017

A ideia da autoestima...

Ana Isabel Sampaio

Há uma ideia, ou moda, ou não sei bem o que lhe chamar, que corre por aí e que, a meu ver, é algo prejudicial e suscetível a muitos mal-entendidos. Essa ideia é que só somos dignos de Amor se tivermos autoestima no seu melhor. Decidi falar disto, porque eu própria caí nessa falsa permissa.Não é verdade, toda a gente, só pelo facto de existir é digna de Amor. A busca da autoestima e do amor e valor próprio já é um trabalho duro, para a vida inteira, que tem de se estar a monitorizar e melhorar sempre. Não precisamos de disseminar a falsa ideia de que só depois de termos uma auto estima elevada então todas as outras pessoas nos vão amar. O que acontece muitas vezes, quando temos uma autoestima baixa, é que atraímos para o nosso campo vibratório pessoas que nos mostram uma ideia errada de Amor e que de alguma forma nos fazem achar que não o merecemos, validando essa ideia errada que temos de nós próprios. E quando alguém nos mostra Amor verdadeiro, inconscientemente ou até de forma muito consciente, achamos que não o merecemos, ou nem o sabemos reconhecer.Como disse, a conquista da autoestima já é de si um trabalho duro, subtil e intenso, que ninguém pode fazer por ninguém, não difundamos a ideia que só depois dessa conquista se é digno de coisas boas.

Isto é em jeito de desabafo, porque estou um bocado farta de ver pessoas a sofrer com esta falsa noção, e mais haveria para dizer sobre o assunto, não porque essa afirmação não venha de um sítio verdadeiro, mas porque não pode ser dita sem contexto, especialmente em contexto de terapia.

22 de Novembro, 2017

Reconstrução

Ana Isabel Sampaio

Que é feito de mim? Dos restos que restam construo o novo, ou será que reconstruo o original, sem mácula, sem medo, sem restrição, largando as últimas amarras que me prendem a um passado que já não existe. A pedaços de experiência que serviram o seu propósito, mas que não podem jamais tornar-se fonte de limitação, porque são o seu exato contrário… a força de impulso da liberdade de ser... e de sentir.

22 de Novembro, 2017

A inevitabilidade da comunicação

Ana Isabel Sampaio

A comunicação está presente em absolutamente tudo. Comunicamos desde que nascemos (até antes) e continuamos até morrer (quem sabe até depois). Existir é comunicar.

Mas será que comunicamos bem?

Peter Drucker diz que 60% dos problemas entre pessoas estão relacionados com má comunicação. Da nossa capacidade de comunicação depende a eficácia dos nossos relacionamentos.  Confesso que me faz um bocado de confusão usar termos como eficácia, quando estamos a falar de relações, de pessoas e tudo o que está envolvido…

Quando ouvimos, há uma parte que ouvimos e outra que depreendemos. Quando falamos, há uma parte que dizemos e outra que esperamos, seja depreendida, especialmente em relações mais pessoais. Muitas vezes falhamos nos relacionamentos, porque falhamos na comunicação. Esperamos que as outras pessoas adivinhem o que queremos dizer, o que estamos a pensar ou a sentir e esquecemos que do outro lado há uma serie de fatores que nos são alheios. Desde de: o dia não correu bem, até tudo o que aconteceu à outra pessoa desde que nasceu, que fez dela um individuo único, com valores, condicionamentos, feridas, forças, qualidades, defeitos, medos, alegrias… que fazem com que os seus parâmetros de descodificação da nossa mensagem sejam únicos e, possivelmente, muito diferentes dos nossos. Daí a necessidade de tentar ser o mais objetivo e honesto quando se comunica.

Nós só podemos mudar a forma como nós fazemos, como nós comunicamos. É a única variável sobre a qual temos poder e influência direta. Como podemos comunicar melhor? Conhecendo os fatores que nos influenciam. Sempre que tentamos comunicar temos de tentar com que seja eficaz para os dois lados, mas tendo sempre em mente que devemos, no final, sair satisfeitos com a forma como nós o fizemos. Assim temos sempre de trabalhar o desenvolvimento pessoal e autoconhecimento. Tentar sempre ser o mais claros possíveis e nunca supor que a outra pessoa adivinha o que queremos dizer ou como nos estamos a sentir.

 

20 de Novembro, 2017

Vergonha, culpa, medo...

Ana Isabel Sampaio

A vergonha a culpa o medo são os três maiores inimigos da cura, de evolução, da volta a nós mesmos. Da volta a casa.

O medo que nos impede de seguir a voz do coração e por isso cair repetidamente em situações/padrões limitantes e dolorosas, mas que muitas vezes acabam por ser a nossa zona de conforto.

A vergonha e a culpa de tudo de mal que fizemos e do todo o bem que deixamos de fazer, só porque ainda não conseguimos ver que, o que fizemos foi o melhor que sabíamos naquela altura e isso está bem.

Estas emoções vêm de feridas (abandono, rejeição, humilhação, incompreensão, insegurança, traição, indiferença, perda...) que fomos adquirindo, principalmente na infância, mas não só, e que acabamos por se manifestar ao longo da vida em diversas situações. Até que as consigamos curar.

Como diz Machado de Assis, as feridas da alma curam-se com atenção carinho e paz, eu acrescento sempre Amor (que é sempre o ingrediente secreto) e está na altura de começarmos todos a ser mais tolerantes, primeiro connosco e depois com os outros. Mais compreensivos, percebendo que todos cometemos erros, mas que não precisamos carrega-los nem pagar por eles a vida toda. Depois, quando conseguirmos sentir muita compaixão por nós, perceberemos o mesmo nos outros e já não vai ser preciso perdoar nada, porque o perdão é instantâneo.

 (Imagem: eueapsicologia)