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O lápis que vê

O lápis que vê

27 de Fevereiro, 2015

Vaguear

Ana Isabel Sampaio

Vagueou sempre com a ideia fixa de onde queria chegar. Aquele deambular intermitente de quem sabe onde se vai perder, sempre fora do seu caminho.Ao fundo viu pela primeira vez o seu anseio.

19 de Fevereiro, 2015

Rabiscos

Ana Isabel Sampaio
Rabiscar, se a palavra já é estranha, o hábito é mais normal. Rabisca-se  no trabalho, rabisca-se para deixar a mente fluir. Rabisca-se linhas, palavras, recados... e se foram como eu, alguma coisa se perde pelo caminho, que eu tenho talento para médica, mas só na letra.
 
 
16 de Fevereiro, 2015

Nem um raio de sol

Ana Isabel Sampaio
O sol já se esconde por detrás do nevoeiro cerrado ao fundo do mar, na linha do horizonte. Todas as horas que passaram pareceram intermináveis. Um marasmo de tédio organizado que vem sempre impreterivelmente neste dia de minutos longos.
Nem um raio de sol tocou a minha pele nesta tarde.
13 de Fevereiro, 2015

Tudo porque o lápis está de novo afiado.

Ana Isabel Sampaio

Haverá coisa mais útil neste mundo do que um lápis? 



O lápis serve para escrever. 



Só com esta frase estaria tudo definido. A premissa justificada de forma irrebatível . 



Serve para escrever e tudo faz sentido.  O mundo fica no lugar, gira em perfeição ou rotação como preferirem. Basta dizer : o lápis serve para escrever e tudo faz sentido. Palavras nascem, depois frases. Afia-se outra vez e lá está o mundo a fazer sentido e em perfeita rotação. Fica Verão, depois Inverno e chega a Primavera. 



Tudo porque o lápis está de novo afiado. E não posso deixar de fora o Outono, ou as cores ficam tristes.